Filho de Hebe Camargo lamenta série da Globo: “Ela nunca bebeu whisky, nunca bebeu no camarim e nunca deixou o público esperando”

“Hebe”, a série sobre a vida de Hebe Camargo (1929-2012), com suas edições no cinema e streaming, é a estreia da TV Globo no dia 30 de julho, para exibição às quintas-feiras, às 22h30, em dez episódios.

Marcello Camargo, em conversa com o colunista Flávio Ricco, do portal “R7”, meio que lamentando disse que não reconheceu sua mãe na série: “Discordo de muita coisa ali. Ela nunca bebeu whisky, nunca bebeu no camarim e nunca deixou o público esperando. Não falava palavrões e nunca jogou microfone no chão”.Sobre a minissérie, que também já viu, divide em duas partes: o começo, quando jovem, batalhando pelo trabalho e procurando ocupar o seu espaço, “eu achei muito bacana, fiel à realidade”. Só que a segunda, “é completamente ficção”.

No entanto, Marcello tem certeza que sua mãe, se aqui estivesse, estaria bem honrada com a homenagem da Globo, por quem tinha muito carinho, ”apesar que  o SBT sempre foi o amor da vida dela”.

Ainda desta conversa com Marcello Camargo, quando o assunto se volta para “quem seria a sucessora de Hebe”, diz que vê muita coisa de sua mãe na Xuxa, em especial, o carisma “muito forte”. “Eu vejo muito isso na Xuxa”. Marcello conclui dizendo que não pode deixar de citar o musical dirigido por Miguel Falabella:

“Maravilhoso! Sensacional! Depois de um trabalho tão lindo, o filme me decepcionou demais”. 

HEBE NA GLOBO

Hebe Camargo é sinônimo de comunicação no Brasil. Uma verdadeira estrela, dona de uma intensidade e carisma sem igual. A partir do dia 30 de julho, sua trajetória poderá ser acompanhada semanalmente às quintas-feiras na série ‘Hebe’, que vai mostrar desde o início da vida da apresentadora até o final dos seus dias. A obra foi criada e escrita por Carolina Kotscho, com direção artística de Maurício Farias e direção de Maria Clara Abreu.

Nascida em Taubaté, no ano de 1929, em uma família grande e sem condições financeiras, a menina que um dia ganharia o título de “eterna rainha da televisão brasileira” e arrebataria mais de 70% da audiência do país aprendeu a driblar, desde muito nova, adversidades como a pobreza e a fome, além de toda a rejeição e os olhares tortos que essa condição é capaz de provocar.

Em São Paulo, em plenos anos 40, ainda durante a adolescência, Hebe Maria Monteiro de Camargo se aventurou em um concurso de talentos como cantora e deu o pontapé inicial de sua vida artística. Dali, seguiu para o rádio e, pouco depois, migrou para a televisão, onde se tornou apresentadora. “Eu já fiz algumas biografias, portanto passei por esse processo algumas vezes. Sempre entro com uma curiosidade muito sincera, muito aberta, e costumo me apaixonar pelos defeitos dos personagens. Eu imaginava que a Hebe tinha questões muito profundas, porque devia ser muito difícil ser mulher e ser artista nesse país na época em que ela começou, sempre obrigada a lidar com todo tipo de preconceito. Ao mesmo tempo em que ela conquistou um espaço, lidou com muitas críticas e agressões. E não se passa ileso por isso”, comenta a autora Carolina Kotscho.

Hebe consagrou-se como figura icônica do país até a sua morte, aos 83 anos de idade. Carregada em exuberância, personalidade, opinião e um amor latente pela vida, esta artista capaz de conversar intimamente com o público, em um programa ao vivo e sem cortes, foi também amante, esposa, mãe, tia, filha, amiga, funcionária, e precisou lidar com os obstáculos e as dificuldades que cada um desses papéis lhe impôs no decorrer do tempo, firme no propósito de ser autora e diretora de sua própria vida. “Hebe vivia, de certa forma, uma contradição, porque era uma mulher tão à frente de seu tempo e, no entanto, também sonhou em ser e representou uma mulher do seu próprio tempo – a dona de casa, a rainha do lar, essa “madrinha do Brasil” que ela foi se tornando. Não é à toa que os programas da Hebe tinha um sofá no cenário, lembrando uma sala, uma casa. Acho que isso representa a Hebe em toda a sua complexidade e em toda a sua grandeza, com todas as suas fragilidades”, analisa o diretor Maurício Farias.

No elenco estão Andrea Beltrão, Valentina Herzage, Marco Ricca, Gabriel Braga Nunes, Danton Mello, Ângelo Antônio, Caio Horowicz, Flávio Migliaccio, Walderéz de Barros, Sandra Corveloni, Daniel de Oliveira, Emílio de Mello, com as participações de Camila Morgado, Otávio Augusto, Cláudia Missura, Felipe Rocha, Selma Egrei, Stela Miranda e Laila Garin, entre outros.

‘Hebe’ estreia na TV Globo no dia 30 de julho e vai ao ar às quintas-feiras, após ‘Fina Estampa’. Original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, a série é criada e escrita por Carolina Kotscho, tem direção artística de Maurício Farias e direção de Maria Clara Abreu

Fonte : Bastidores da TV 

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