Daniela Beyruti intervém nos jornais do SBT e proíbe exibição de tragédias e polícia

Foto de Daniela Beyruti, Patati e Patatá no camarim do SBT

Daniela Beyruti posa ao lado da dupla Patati Patatá: sem sangue nos telejornais do SBT (foto: Rogério Pallatta/SBT)

discurso anti-desgraça de Daniela Beyruti não ficou restrito ao lançamento da nova programação do SBT: as falas motivacionais da executiva, que garante estar cansada de assistir conteúdos pesados na televisão, se transformaram na mais nova determinação interna da emissora fundada por Silvio Santos (1930-2024). Nesta segunda-feira (19), os jornalistas do canal acordaram com uma ordem clara da chefia do departamento: os noticiosos da rede não podem mais exibir tragédias e reportagens policiais, tendo que focar em pautas educacionais, propositivas e classudas.

A reportagem do TV Pop apurou que todos os editores-chefes dos telejornais da emissora foram convocados para uma reunião emergencial com a chefia do Jornalismo. No encontro, a cúpula da rede foi clara: sensacionalismo não será mais aceito, sob hipótese alguma, nos produtos do departamento. As afiliadas, que até então precisavam enviar reportagens apelativas e sangrentas para abastecer o Primeiro Impacto e o Tá na Hora, já foram avisadas que precisarão passar a produzir conteúdos leves, que consigam mostrar o lado bom da vida para os telespectadores.

Em casos excepcionais, os telejornais do SBT ainda vão poder fazer a cobertura de tragédias e de temas policiais. As reportagens, no entanto, serão feitas sem imagens dos fatos, apenas com as inserções do stand-up dos jornalistas enviados ao local ou como uma nota pelada, lida pelo próprio âncora do noticioso. A nova determinação caiu como uma bomba para os colaboradores da emissora, que até então se preparavam para estrear nos próximos dias produtos que, evidentemente, teriam foco na editoria policial — que exige imagens e verborragia em suas reportagens.

A lei anti-desgraça instituida por Daniela Beyruti já provocou pelo menos duas baixas na emissora nesta segunda-feira: Rafael Batalha, principal repórter do Tá na Hora, foi demitido, enquanto o repórter Rodrigo Garavini — que chegou a atuar como apresentador substituto do SBT News — preferiu aceitar a proposta de uma TV do interior do que continuar atuando no SBT de São Paulo. Nos bastidores, o comentário é de que mais demissões vão acontecer nos próximos dias, já que boa parte dos profissionais não estão habituados a cobrir amenidades e bichos fofinhos.

Além disso, não são poucos os que apontam um problema sério na nova determinação da herdeira de Silvio Santos: em menos de uma semana, o SBT estreará um telejornal de duas horas com  apresentação de Luiz Bacci, conhecido justamente por carregar o tinteiro enquanto âncora do Cidade Alerta, da Record. No próximo mês, a rede ressuscitará o Aqui Agora, jornalístico que tinha como slogan “um jornal vibrante, uma arma do povo, que mostra na TV a vida como ela é”. Para a executiva, a vida é composta apenas por mensagens de fé e esperança de Deive Leonardo.

Fonte : TV Pop

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