Em entrevista bombástica, Kajuru conta bastidores da televisão: “A Galisteu não deu pro Silvio”

Em entrevista à repórter Luiza Oliveira, do “UOL Esporte”, Jorge Kajuru, hoje vereador de Goiânia, decidiu contar detalhes obscuros dos bastidores das principais emissoras de televisão do país. A mais reveladora de todas foi de 2005, quando apresentou o “Fora do Ar”, no SBT, ao lado de Hebe Camargo, Adriane Galisteu e Cacá Rosset. Segundo Kajuru, o motivo do programa ter saído do ar foi muito além da baixa audiência.

Na época, Galisteu teria desagradado Silvio Santos durante um quadro do “Charme”, programa que apresentava durante as tardes do SBT. O dono da emissora, então, a chamou para uma reunião, antes da gravação do “Fora do Ar”.

“[Silvio Santos] fez uma reunião com ela, chamou a atenção dela. O Silvio tratou aquele caso da Galisteu como um erro grave, um erro ético. Ela mandou ele ir tomar naquele lugar, disse que ele não era o dono do mundo, se levantou e deixou ele sozinho na sala. Ninguém tratou o Silvio Santos assim”, contou.

Após o episódio, SS teria ligado para Hebe e avisado que Galisteu estava fora do "Fora do Ar", e pediu para que ela achasse uma substituta. Contrariando o patrão, Hebe disse que a criação do formato era da loira, e que não gravaria com outra pessoa. Silvio a respeitou e permitiu a gravação, mas depois, em uma conversa, Galisteu teria ouvido uma revelação de Hebe.

“Você não tá percebendo, não? O que o Silvio Santos quer com você é apenas um final de semana em Miami, sua boba! Vai pra lá, é só uma noite, ele quer dar umazinha com você!”, teria dito a apresentadora, que emendou. “Cê acha que eu não fiquei com o Silvio Santos quando eu era novinha? Claro que eu fiquei! E sua boba, ele tem o negócio desse tamanho! Só faltei cair no chão”, contou o apresentador. “A Galisteu é terrível, mas ela não deu pro Silvio”, afirmou.

Kajuru também relembrou os tempos em que apresentou o “Jogo Duro” nos domingos da emissora de SS, atração que chegava a registrar picos de 17 pontos de audiência. Segundo ele, o bom desempenho era recompensado em seu bolso.

“O Silvio Santos, além do meu salário, todo final do mês, ele mandava pagar R$ 70 mil pra mim em média por causa da audiência que eu dava. Não tinha isso no contrato”, revelou ele, que também contou que um patrocínio no programa permitiu uma festa com Datena.

“Uma vez entrou um patrocínio novo no meu programa do Torpedo TIM. Eu não tinha que fazer o comercial. O Silvio mandou pagar 20% do contrato pra mim (...) A primeira coisa que eu fiz foi ligar pro Datena, falei ‘vamos fazer uma festa?’. Fomos pra tabacaria Lee, no shopping Center Norte. Começamos a beber vinho disparadamente, e começamos a comprar tudo pra quem a gente gostava. Mas coisa cara (...) No final da noite tínhamos gasto R$ 126 mil reais. Eu não sabia o que fazer com o dinheiro”, disse.